quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Quebra de sigilo fiscal: Cartaxo diz que sua demissão depende de Mantega

VAGABUNDO!

O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, afirmou nesta quinta-feira que a sua demissão do cargo depende de uma decisão do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

– O cargo pertence ao ministro Mantega, essa pergunta deve ser feita a ele – afirmou o secretário.

– Nós estamos navegando na crise. Não é uma crise administrativa, é política – disse.

Questionado se ele tomaria a iniciativa de entregar o cargo, Cartaxo pediu para desligar o telefone.

Causou profundo mal estar no Planalto a informação de que o comando da Receita Federal montou uma operação para abafar o escândalo da quebra de sigilo de membros do PSDB e de Verônica Serra, filha do candidato tucano, José Serra. A operação teria o objetivo de evitar impacto político na campanha da candidata do PT, Dilma Rousseff.

Em meio ao discurso oficial, iniciado na noite de terça-feira, de que não havia irregularidade, o governo já sabia que a procuração usada para violar os dados de Verônica Serra poderia ser falsa. Os novos documentos da investigação também provam que a Receita sabia desde o dia 20 de agosto que o sigilo fiscal de Verônica havia sido violado em setembro do ano passado.

Cartaxo negou que na terça-feira já soubesse dos indícios de fraude.

– Isso é uma inverdade. Eu só soube que a procuração tinha indícios de fraude ontem à tarde – afirmou.

– A comissão que investiga o caso é independente. A comissão só comunica o que acha relevante", disse. "A comissão não é subordinada – ressaltou.

As palavras de Cartaxo, no entanto, se contradizem novamente. Na terça-feira à noite, o Ministério da Fazenda e a Receita procuraram a imprensa para informar que não havia irregularidade que e os dados de Verônica foram consultados mediante requisição autorizada e assinada por ela. Ou seja, a direção da Receita já tinha sido informada pela comissão da existência da procuração. Agência Estado


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