Jorge Serrão
O deputado federal e ex-ministro Antonio Palocci Filho (PT-SP) acredita que será absolvido no Supremo Tribunal Federal, por falta de provas, da acusação de violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. O poderoso Palocci quer arrancar do STF a absolvição incondicional que lhe permitirá retornar a algum ministério do desgoverno Lula. Ele está de olho na Previdência ou na Fazenda. Mas pode lhe sobrar a Saúde.
Nos bastidores do STF, se comenta que a previsão de Palocci tem tudo para se concretizar. Tanto que Palocci recusou trocar o julgamento no plenário do STF, no caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, pela suspensão do processo e o cumprimento de trabalhos comunitários como pena alternativa. Para o ex-ministro a troca da suspensão do processo - que tem 2,4 mil páginas e 11 volumes - pelo trabalho comunitário soaria como admissão prévia de culpa.
No STF, Palocci também responde a inquérito que o relaciona à máfia do lixo em Ribeirão Preto, cidade que administrou em duas ocasiões (1992-1996 e 2000-2002). O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, definiu que, neste semestre, dará prioridade aos julgamentos de autoridades que gozam de prerrogativa de foro.
Palocci é crucial para o sistema petista, onde ele opera nos bastidores. Se ele cair, desaba todo mundo junto.
Batom na cueca
Em 2006, Francenildo denunciou que Palocci participava de festas onde havia a suspeita de partilha de dinheiro em uma mansão no Lago Sul, em Brasília - que ficou conhecida como a República de Ribeirão.
O caseiro afirmou que Palocci freqüentava a casa, desmentindo o ex-ministro, que dissera à CPI dos Bingos que nunca estivera lá.
Dois dias depois da entrevista, Francenildo teve o sigilo bancário violado.
No depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente da Caixa, Jorge Mattoso, revelou que entregara pessoalmente a Palocci os extratos bancários do caseiro. Alerta Total
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