O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), defendeu hoje que o governo abra mão do sigilo dos gastos da Presidência da República com cartões corporativos. Este é o impasse maior entre a oposição e a base aliada na CPI mista dos Cartões Corporativos.
Em depoimento na semana passada, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o sigilo está previsto em lei, o que inviabilizaria a possibilidade de abertura das contas.
"Eu, se fosse o governo, abriria mão deste sigilo. Eu acho que o governo legalmente deve ter algum respaldo. Mas se eu fosse do governo, pudesse aconselhar o presidente, eu abriria mão", afirmou Garibaldi Alves.
O senador defendeu as comissões parlamentares de inquérito como mecanismo das oposições fiscalizarem as ações de governo. "Não se pode, de maneira alguma, banalizar as CPIs ou deixar que faleçam por inanição", afirmou.
Garibaldi disse que não cabe, num país como o Brasil, se ver diante de uma situação como a disputa entre governistas e oposição que ameaça o andamento das investigações da CPI mista dos Cartões Corporativos.
Na terça-feira, o PSDB e o DEM reúnem, separadamente, suas bancadas na Câmara e no Senado, para analisar as estratégias que adotarão na sessão de quarta-feira, destinada a apreciar uma série de requerimentos de convites de autoridades e quebras de sigilos.
Entre os requerimentos, está a solicitação ao Tribunal de Contas da União (TCU) que encaminhe à comissão o conteúdo completo das investigações sobre o uso dos cartões, inclusive os da Presidência da República. Agência Brasil
Comentário: Garibaldi tem até boa intenção, é um cara de boa fé. Pena que seus propósitos sejam ignorados. Ao não se impor como presidente do Congresso, deixa passar a oportunidade de não ser mais um político medíocre.
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