O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria abrir os dados sigilosos dos gastos com cartão corporativo da Presidência. A oposição quer obrigar o Planalto a divulgar esses gastos, que são mantidos em segredo com o argumento de que o sigilo garante a segurança do presidente e de sua família.
"Se eu fosse o presidente Lula, eu falaria: 'venha ver o que eu fiz com o dinheiro, como foi gasto'. Abre, mostra, não tem problema nenhum", disse FHC hoje após participar de palestra na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
FHC encaminhou ontem carta ao líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), autorizando que seus gastos e o da ex-primeira dama Ruth Cardoso com cartão corporativo e com as chamadas contas B sejam divulgados.
A carta foi encaminhada após reportagem da revista "Veja" deste final de semana informar que o Planalto teria elaborado um suposto dossiê com gastos de FHC e dona Ruth. O suposto dossiê seria usado para intimidar a oposição na CPI dos Cartões.
Hoje, FHC afirmou que não existem gastos secretos. "Eu não abri nada. Sempre estiveram abertas. Não existe conta secreta, sigilosa da Presidência e tampouco pessoais. São contas do governo, do Palácio. Está havendo uma grande confusão. Não pode haver conta pessoal. Isso está errado."
A reportagem da "Veja" --que se apóia em algumas informações divulgadas anteriormente pela Folha-- exibe o fac-símile de um "Relatório de Suprimento de Fundos" de 1998 sobre a aquisição de 180 garrafas de champanhe Chandon. O dossiê teria 23 referências a gastos de Ruth Cardoso --a revista exibe um fac-símile de 2001 sobre despesas de locação de veículos.
"Fiquei constrangido com a forma como foi divulgado [os gastos]. Não foi gasto meu, foi gasto protocolar", disse o ex-presidente.
Crítica aos saques
Apesar das suspeitas que pairam sobre os gastos com cartões, FHC defendeu a utilização deles como meio de pagamento. "São bons, deixam registrados quem fez e por que fez. Errado é usar e não explicar."
No entanto, o ex-presidente afirmou que existem fatos a serem explicados pelo atual governo. "São dois fatos para esclarecer, o resto é confusão política. Primeiro: tem muito cartão corporativo, tem de ser explicado. Segundo: o volume de recursos retirado em dinheiro. O cartão é para pagar e ficar registrado." Folha On Line
Comentário: Vamos se coçar, pessoal. A hora é agora. Se deixarem passar, "adeus tia xica"!
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Um comentário:
o que eu estava procurando, obrigado
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