Nesta quarta-feira (26), os parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos pretendem votar uma série de requerimentos para que se possa prosseguir nas investigações.
No que depender da presidente da CPMI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), o primeiro requerimento que será colocado para a apreciação dos deputados e senadores será o convite para que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fale sobre os gastos da Presidência da República com cartões corporativos. A senadora também quer votar a convocação dos ex-ministros da Casa Civil José Dirceu, do Planejamento e da Casa Civil no governo Fernando Henrique Cardoso, Martus Tavares e Pedro Parente, respectivamente.
A reportagem publicada pela revista Veja neste fim de semana denunciando que a Casa Civil teria preparado um dossiê para municiar seus representantes na CPMI e constranger os tucanos piorou o clima entre a oposição e o governo. A notícia foi desmentida, em nota oficial, pela ministra Dilma Rousseff.
"Em termos de democracia é o que há de pior a Casa Civil da Presidência da República se prestar a fazer um dossiê do governo passado para justificar ações próprias", afirmou Marisa Serrano à Agência Brasil.
Ela admitiu que no caso de se inviabilizar a investigação sobre o uso dos cartões corporativos numa CPI mista, "o trunfo que a oposição tem é a CPI exclusiva".
No Senado, as bancadas do PSDB, com 13 parlamentares, e a do DEM, com 14, são suficientes para criar uma CPI exclusiva para investigar o uso dos cartões corporativos, uma vez que somam 27 assinaturas mínimas para apresentar o requerimento de instalação. O requerimento já está na Mesa Diretora do Senado a espera de uma apreciação.
Na semana passada, o deputado Maurício Quintela Lessa (PR-AL), deu o tom de como a base aliada irá para a reunião de quarta-feira. "Vamos nos chocar frontalmente", disse ao comentar os requerimentos que deverão ser postos para a apreciação dos parlamentares.
O deputado fez duras críticas a insistência do PSDB e do DEM em solicitar a abertura dos gastos da Presidência da República com os cartões corporativos.
"Isso é um grande factóide", afirmou.
Segundo o deputado, "os trabalhos da CPMI poderão ficar restritos a miudezas como investigar tapiocas e bichinhos de pelúcia". Agência Brasil
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