A chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, telefonou hoje para a antropóloga Ruth Cardoso, assegurando que o governo não montou dossiê sobre despesas dela, à época em que era primeira-dama (1995-2002), com cartões corporativos. Foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quem informou sobre as explicações de Dilma à mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, numa reunião com o conselho político, no Palácio do Planalto.
Durante o encontro com os aliados, Lula disse que a reportagem da revista Veja sobre o suposto dossiê é uma "mentira", segundo o senador Renato Casagrande (PSB-ES) e o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). "Se eu não fiz dossiês em 2005, quando precisava fazer enfrentamentos, porque iria fazer agora?", questionou o presidente, referindo-se à crise política do mensalão, quando fazia ataques em todos os discursos aos adversários tucanos. "A quem pode interessar um dossiê neste momento?"
Lula afirmou que o governo vai se dedicar "muito" para saber quem vazou documentos sigilosos citados na reportagem da revista. Ainda foi lida, durante o encontro, uma nota divulgada no sábado pela Casa Civil, em que o Planalto nega a autoria do suposto dossiê. Diante da ameaça de integrantes da oposição de abandonar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões, caso os governistas insistam em manobras que impeçam a votação de requerimentos que pedem a quebra de sigilo, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que se afastar das investigações é "legitimar a farsa". "Se o governo deixar claro que não quer investigar, o PSDB tem de estar vigilante na CPI para denunciar a operação. Abandonar a comissão vai nos colocar na posição de coadjuvantes da farsa", disse. Estadão On Line
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