O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, reafirmou hoje (25) que "não há irregularidade" no contrato de R$ 15 milhões que o ministério teria assinado com o Instituto de Educação e Pesquisa Data Brasil. O ministro disse que o instituto é uma entidade que promove a qualificação profissional em oito municípios comandados por diversos partidos, entre eles o PDT.
"Tem prefeituras do PMDB, do DEM, tem prefeituras inclusive do PDT. E nós não fazemos nem veto nem apoio a esse ou àquele partido", afirmou Carlos Lupi. O ministro disse que o contrato ainda não teve o seu andamento efetivado. Ele esclareceu que esse tipo de contrato não passa pelo ministro do Trabalho, mas é estudado pelos departamentos afins, no caso a Secretaria de Políticas Públicas de Emprego.
"Tem todo um procedimento técnico, que observa a licitação pública, as audiências públicas, e não há nenhuma hipótese de favorecer vinculações partidárias. Nós não interferimos nem apoiamos na opção partidária de cada um". O ministro voltou a afirmar que é vítima de uma perseguição política em relação à sugestão de que ele deixe a presidência do PDT ou o ministério feita pela Comissão de Ética.
"Minha função de presidente de partido é garantida pela Constituição Federal. Eu vejo isso como uma campanha orquestrada por setores mais conservadores, que têm ódio do trabalhismo, da defesa dos direitos dos trabalhadores, do PDT, com a linha de coerência que eu represento", afirmou. O ministro reafirmou que não sairá do ministério, a não ser que o presidente da República assim decida.
Sepúlveda que substituirá Marcílio da Comissão de Ética Pública
Sepúlveda assume no lugar de Marcílio
O novo presidente da Comissão de Ética Pública, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Sepúlveda Pertence, disse nesta noite que caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não acate a sugestão do órgão de demitir o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, essa "não será uma decisão agradável". Ele indicou ainda que isso poderia resultar na saída voluntária de membros da comissão.
Questionado sobre a possibilidade de auto-dissolução da comissão caso Lula não siga a orientação, o novo presidente do órgão negou essa hipótese, mas disse que essa decisão cabe a cada membro. "A comissão não se auto-dissolve, temos mandato dado pelo presidente da República. Essa é uma decisão que cabe a cada membro", disse.
O ex-presidente Marcílio Marques Moreira disse que a comissão não tem mais o que fazer no caso, apenas aguardar a decisão de Lula. Ele negou que esteja saindo da presidência do órgão pela demora de Lula em responder a correspondência enviada no início de janeiro. "A Comissão de Ética tem apenas autoridade moral (para sugerir a demissão de um ministro) que não é colocada em risco pela não observância de uma sugestão por alguma autoridade", salientou Moreira. O ex-presidente disse que não se sente frustrado por Lula não ter tomado uma decisão no caso Lupi durante sua gestão.
Comentário: Êta homenzinho sem graça e debochado esse Lupi. O Marcílio queimou o filme. Não acredito que aconteça o mesmo com o Sepúlveda, até por que deve ter aceito assumir essa comissão sem caneta com alguma condição. Otário ele não é!
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