sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Guerra nega ter apresentado emenda individual para anexo do orçamento


O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), negou hoje (29) que tenha assinado qualquer emenda individual, no valor de R$ 278.125, como consta na planilha divulgada pelo relator do Orçamento de 2008, deputado José Pimentel (PT-CE), ao explicar o anexo que contém emendas no valor de R$ 534 milhões.

“O que eu apresentei foi uma emenda de R$ 37 milhões para a recuperação da malha viária do estado, que inclusive é governado por um partido [PT] que faz oposição ao PSDB”.

Ele afirmou que os dados apresentados pelos presidente e relator da Comissão Mista de Orçamento, senador José Maranhão (PMDB-PB) e deputado José Pimentel, respectivamente, representam “uma manobra para confundir os outros”.

Sérgio Guerra disse que o valor da emenda apresentada pelo relator como sendo dele, e que consta do Anexo de Metas e Prioridades do Orçamento de 2008, foi “pinçado” da emenda de R$ 37 milhões. Ele informou que fará um requerimento para retirar do anexo a proposta. “Não quero esse dinheiro podre no orçamento”.

O presidente do PSDB acusou o relator e o presidente da comissão de terem cedido às pressões de “quatro ou cinco deputados da Comissão de Orçamento”, e por conta disso não cumpriram o acordo firmado com as lideranças para retirar o anexo do relatório final da proposta orçamentária.

“Ou eles foram cúmplices, o que eu não acredito, desses que fizeram o relatório [anexo], ou não tiveram liderança para cumprir o acordo firmado no gabinete do presidente [do Senado], Garibaldi Alves”, afirmou o presidente do PSDB.

Sérgio Guerra reafirmou que seu partido vai obstruir a sessão de quarta-feira (5) do Congresso Nacional, destinada a votar o orçamento para 2008.

“Não podemos votar esse anexo, de jeito nenhum. É um processo de desmoralização ainda maior do orçamento. Isso é uma sujeira”, afirmou.

O senador disse que o Anexo de Metas e Prioridades representa um segundo relatório de proposta orçamentária. “Se vai ter o tal do anexo, vai ter dois orçamentos, um que é uma porcaria e outro que é mais porcaria ainda porque é feito por três, quatro ou cinco deputados”. Agência Brasil
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