O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse hoje que a decisão do governo de colocar a Polícia Federal para investigar o vazamento das informações que deram origem ao dossiê com gastos do ex-presidente FH não interfere na disposição da oposição de instalar a CPI dos Cartões Corporativos exclusiva da Casa.
O requerimento da comissão deve ser lido em plenário nesta terça-feira pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN). "Ele vai fazer a leitura, pois é um homem de palavra. O que não é bom é o Senado não investigar. Vamos cobrar que ele cumpra o prometido", alertou Virgílio. Nesta terça-feira, líderes partidários participarão de almoço com Garibaldi. A criação dessa nova comissão parlamentar de inquérito será um dos temas a serem tratados.
Esclarecimentos
Para Virgílio, a entrada da PF no caso é uma "farsa" e não responderá a pergunta fundamental para esclarecer o caso: quem elaborou esse material. "O governo está preocupado em saber quem viu o assassinato, e não quem assassinou", disse o líder à Agência Estado, ao criticar o fato de a investigação se restringir apenas ao vazamento dos papéis, e não à elaboração do documento. "Quero saber é quem fez o dossiê. A ministra Dilma Rousseff chegou a dizer que poderia ser um hacker que invadiu os computadores da Casa Civil. Então por que não fazem uma investigação completa?", questionou.
Na avaliação do senador, o objetivo da ministra ao autorizar a PF a entrar nas investigações é passar a imagem de que pretende apurar o escândalo, embora na prática a disposição seja ocultar os fatos. "Eles iam fazer uma farsa grosseira. Agora vão tentar algo mais sofisticado", apontou.
Após um confusa entrevista coletiva na tarde da última sexta-feira, Dilma declarou que o órgão ligado ao Ministério da Justiça poderia entrar no caso. Na manhã de hoje, o diretor-geral em exercício da PF, Romero Menezes, determinou a abertura de um inquérito para apurar o vazamento de dados, mas não quis entrar em detalhes.
A oposição vai investir forças nesta semana para que uma nova apuração comece a ser feita pelo colegiado do Senado. Nessa Casa, as forças seriam mais equilibradas do que na CPI mista, onde os governistas ocupam 16 dos 24 postos da comissão e insistem em barrar requerimentos que aprofundem as investigações. Diante das cobranças de Virgílio e do líder do DEM, José Agripino (RN), na última quinta-feira, Garibaldi prometeu ler a criação da nova CPI na sessão de amanhã à tarde. Agência Tucana
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(*) Ucho Haddad Após décadas de jornalismo, a maior parte do tempo dedicado
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