segunda-feira, 7 de abril de 2008

Ideli: CPI exclusiva do Senado é para atingir Dilma

A líder do bloco governista no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), afirmou estar convicta de que a decisão da oposição em criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões Corporativos só com senadores tem o objetivo claro de atingir a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que segundo a senadora é uma candidata em potencial à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A oposição não consegue afetar o presidente Lula. Eles não têm como brigar com a realidade. O governo Lula, efetivamente, melhorou a vida das pessoas, e não só as classes menos favorecidas como mostram os dados do IBGE. Já que não podem derrubar o Lula, tentam atingir quem pode sucedê-lo", afirmou a líder.

Para a senadora Ideli Salvatti, neste caso o DEM e o PSDB adotaram a postura de "como não se consegue derrubar o coqueiro agora, não deixam o coqueiro fazer sombra para ninguém". A líder do bloco governista disse que se a oposição tem qualquer pretensão em suceder o presidente Lula, tem que "trabalhar para construir, como propõe o próprio governador [de Minas Gerais] Aécio Neves [PSDB]".

Segundo ela, os tucanos e democratas trabalham no sentido contrário, ou seja, para "destruir o que está feito". Ideli Salvatti disse que toda essa argumentação será colocada amanhã na reunião de líderes com o presidente do Senado. Ela informou que pretende apresentar, ainda, três propostas que poderiam iniciar o processo de retomada dos debates no Senado: a crise na Saúde, as conseqüências da crise financeira americana para a economia brasileira e a aprovação de projetos que melhorem as políticas públicas em andamento.

A expectativa da oposição, como afirmou hoje o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), é de que o presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), cumpra o acordo feito com o seu partido e o PSDB de ler o requerimento de instalação da CPI na sessão plenária de amanhã. O líder do DEM disse que a CPI exclusiva do Senado servirá como uma espécie de teste para saber até que ponto os governistas estão dispostos a investigar o uso dos cartões corporativos e a criação de um suposto dossiê, na Casa Civil, para intimidar a oposição.

"O que eu quero ver é o perfil dos indicados [para a CPI] pela base do governo. Se forem pessoas que em outras CPIs agiram com isenção e com respeito à sociedade chegaremos a conclusões. Se Suplicy [senador Eduardo Suplicy, PT], Casagrande [senador Renato Casagrande, PSB] fizerem parte da base do governo na CPI, ela cumprirá a sua obrigação perante a sociedade", afirmou. Agripino acrescentou que, se a base aliada indicar para a comissão "pessoas que não têm compromissão com a sociedade, o governo e essas pessoas poderão pagar um preço alto perante o conceito do povo brasileiro". Para ele, a correlação de forças na CPI do Senado será mais equilibrada do que na CPMI, o que, segundo ele, garantiria "um debate mais maduro e democrático".

A expectativa do líder em relação ao almoço de amanhã do presidente do Senado com as lideranças partidárias, é a de garantir a leitura do requerimento de criação da CPI. Agência Brasil

Comentário: Eu sempre vou colocar essa foto da Ideli, para vocês lembrarem bem de como era a "fuça" dessa bisca!

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