Em outros tempos, as CPIs inspiravam temor reverencial. Dizia-se algo assim: a gente sabe como começam as CPIs, mas não sabe como terminam. Agora, já se sabe. Terminam em nada.
As CPIs, antes autoras das insônias mais cruéis, agora têm o efeito dos melhores barbitúricos. Houve no Congresso uma inversão de valores. Antigamente, havia comissões parlamentares de inquérito. Atualmente, há parlamentares de comissão, dignos de inquérito.
Sob o tilintar de cargos verbas e favores, montou-se no Congresso uma máquina de moer CPIs. Tome-se o caso da comissão das ONGs. Apura – ou deveria apurar — desembolsos de R$ 32 bilhões. Dinheiro graúdo. Que escorre da bolsa da Viúva.
Pois bem. Em meio ano de funcionamento, a comissão parlamentar – apinhada de parlamentares de comissão — não saiu do lugar. Há pelo menos 250 entidades sob suspeição. Nenhuma delas teve os sigilosos quebrados –nem o fiscal nem o bancário nem o telefônico.
De CPI das ONGs, a comissão passou a ser chamada de "CPI do Google." O grosso dos dados colecionados pela assessoria da comissão encontra-se disponível na internet. “A CPI está comprometida e não vai levar a nada”, joga a toalha Jefferson Péres (PDT-AM).
Nesta semana, a oposição medirá forças com o governo para abrir uma nova CPI dos Cartões. Uma comissão exclusiva de senadores, para se contrapor à congênere mista, que abriga também os deputados. O diabo é que, no Senado, os parlamentares de comissão são maioria. Ou seja... Blog do Josias
Você já parou para pensar no que realmente é uma crise de pânico?
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(*) Lêda Lacerda Muitas vezes, quem nunca passou por uma dessas
experiências pode ter dificuldade em compreender a intensidade do que
acontece com a pessoa...
Há 3 horas
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