quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mete bronca, bolacha: Presidente do STF critica vazamento de informações sigilosas do governo

O presidente do Surpemo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, avaliou hoje (24) que a repercussão em torno de um suposto dossiê, que teria sido montado por integrantes do governo sobre gastos sigilosos da Presidência da República, serve para “uma reflexão crítica da prática política”, na qual oposição e situação devem ter “respeito a regras básicas”.

Quem está no governo não é proprietário das sinformações a que tem acesso simplesmente porque está no governo. É uma nova face do patrimonialismo”, disse Mendes. “Isso vale para uma situação que hoje está no governo ou para alguém que esteja amanhã na oposição.

Mendes também criticou o aparelhamento de órgão estatais como estratégia de favorecimento político, citando situações hipotéticas: “Eu tenho um funcionário na Receita, que pertence ao meu partido, e portanto vaza informações. Eu tenho um funcionário que me é simpático na Polícia Federal e por isso está a meu serviço. Tudo isso é extremamente negativo e representa a revelação de uma faceta que não tem nada a ver com o Estado de Direito”.

O ministro também alertou a imprensa sobre a publicação de notícias com base em vazamentos de dados sigilosos. “Muitas vezes vocês utilizam isso, mas saibam que estão usando um informação viciada”, afirmou Mendes, dirigindo-se aos repórteres presentes à sua primeira entrevista coletiva como presidente do STF. Agência Brasil
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