O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), defendeu hoje (22) a ida da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Senado para falar sobre o suposto dossiê dos gastos presidenciais na gestão de Fernando Henrique Cardoso. "Já está na hora de a ministra falar", disse Garibaldi.
A oposição tem apresentado diversos requerimentos em diferentes comissões para tentar a convocação de Dilma Rousseff no Senado, já que na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos a convocação foi rejeitada.
Hoje, deve ser votado na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle requerimento do líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), para que Dilma Rousseff dê explicações sobre o caso. Na semana passada, a Comissão de Infra-Estrutura aprovou requerimento semelhante.
"Não é por falta de requerimentos que a ministra vai deixar de vir. Nunca vi tantas convocações", comentou Garibaldi. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), no entanto, prometeu apresentar requerimento para tentar reverter essa convocação na Comissão de Infra-Estrutura para dar explicações especificamente sobre o suposto dossiê.
"Acho que está havendo excesso de proteção da ministra. A ministra é a mãe do PAC e agora está havendo um paternalismo muito grande em torno da ministra, que ela não fale, não possa dizer alguma coisa", disse Garibaldi. "É um excesso de zelo dos líderes do governo. A ministra é uma pessoa que certamente merece dos líderes essa dedicação toda, mas há horas em que uma dedicação como essa não serve, termina não servindo nem à ministra, nem ao país, nem ao governo", completou. Agência Brasil
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