Apresentando-se como representante da fundação, o casal de consultores Romanna Remor e Gileno Schaden Marcelino firmou contratos de R$ 1 milhão para elaboração do plano diretor de Urussanga, Braço do Norte, Siderópolis, Treviso, Lauro Müller, Orleans e Cocal do Sul. Para atuar no projeto “Apoio à Elaboração Integrada de Planos Diretores na Região Carbonífera Catarinense”, o casal teria recebido seis parcelas de R$ 7 mil por honorários. A empresa de consultoria M2R, de Romanna, teria faturado outros R$ 53,1 mil.
Vinculada à Universidade de Brasília (UnB), a Finatec é investigada pelo MP de Brasília há dez meses. O promotor Ricardo Souza suspeita que a entidade sirva de intermediária para repassar recursos públicos a empresas. Por estar ligada a uma universidade, a Finatec pode celebrar convênios com órgãos públicos sem participar de licitação. Em pelo menos um dos contratos no Estado, não teria havido concorrência. A Prefeitura de Braço do Norte dispensou o expediente e repassou R$ 185 mil à entidade. Nos outros convênios ocorreu licitação.“Há todos os indícios de subcontratação irregular. Vou pedir cópia dos convênios e dentro de dez dias será possível mapear o uso do dinheiro”, diz Souza.
Filiado ao mesmo partido de Romanna, Colombo contou que foi procurado pela consultora para esclarecer o caso. Por telefone, ela prometeu entregar hoje documentos à CPI. “A Finatec está enrolada até o pescoço. Vamos ter de apurar todos os casos. Não haverá tratamento diferenciado”, declarou. Procurada pela reportagem, a consultora não confirmou a possível ida a Brasília. Ela disse ter pedido à comissão de intervenção judicial da Finatec um parecer sobre a legalidade dos contratos. A Notícia
O outro lado
Romanna Remor
Romanna Remor, "indignada com as incorreções e insinuações da matéria de autoria do repórter Robson Bonin, publicada nos jornais Diário Catarinense e A Notícia deste domingo", dirige-se à imprensa para corrigir as distorções apresentadas, com nota que pode ser lida aqui.
Comentário: Raimundo Colombo, agora pela manhã, na CPI das ONGs, estava simplesmente indignado com esta situação.
Romanna Remor, para quem não lembra, foi candidata à Prefeitura de Criciúma (2000) e a vice (2004). Costumava utilizar um fusca rosa durante suas campanhas. Não foi eleita nas oportunidades em que concorreu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário