A polícia espanhola prendeu nesta segunda-feira em Barcelona uma quadrilha de cinco brasileiros que falsificavam documentos, obtinham dinheiro ilegalmente na internet através de "phishing" e transferiam fundos para contas abertas no Brasil com documentação falsa.
É a primeira vez que uma rede de hackers brasileiros é desbaratada no país. A operação policial começou em outubro e terminou na manhã desta segunda com a ajuda da Interpol e apreensão de material informático e mais de cem documentos falsos entre passaportes, carteiras de motorista e cartões de crédito europeus.
A polícia desmantelou a quadrilha depois da prisão da brasileira Silvia Fernanda R.K., que foi pega em uma blitz em plena rua na província de Navarra (norte do país) com sete carteiras de identidade de Portugal falsas e dezenas de certificados de residência espanhóis também ilegais.
Ao investigar a brasileira, os policiais descobriram uma rede que não só vendia documentos europeus falsificados, como ainda mantinha o esquema de hackers. O chefe do grupo usava até o apelido de Hacker e era o responsável pelas transferências de dinheiro através da internet.
Contas bancárias
Segundo os detetives espanhóis, a quadrilha entrava em contas correntes e contas de investimento de clientes europeus com a informação obtida através do "phishing".
No "phishing", os hackers criavam mensagens e sites falsos, que imitavam mensagens e sites de bancos e outras empresas pedindo aos usuários da internet seus dados com contra-senhas e números secretos de contas e cartões. De posse desses dados, os hackers desviavam dinheiro de contas desses usuários para contas falsas abertas na Espanha e no Brasil. Estas eram abertas por brasileiros que, muitas vezes, compravam documentos europeus falsos da quadrilha.
Os brasileiros abriam contas bancárias com nomes e números de previdência social falsos e transferiam o dinheiro roubado ao Brasil em troca de uma porcentagem. A rede vendia documentação falsificada só a brasileiros (principalmente em Barcelona) por quantias que variavam entre os mil e três mil euros.
Segundo os policiais, esses brasileiros que participavam do esquema apenas abrindo contas correntes e fornecendo os números bancários, também são cúmplices. Recebiam porcentagens do roubo e serão indiciados por delitos de fraude e formação de quadrilha.
O Ministério do Interior da Espanha pediu ajuda à Interpol para ampliar as investigações no Brasil. E não informou sobre o total do valor roubado.
Os presos são: Warley V.D.S., nascido em 1967, Brasília, Suellen S.S.N.C.B., nascida em 1984 no Paraná, Paula T.S., nascida em 1987 em Goiânia, Ederson Renato Z.D.O., nascido em Umuarama/PR em 1982 e Jeferson Ricardo Z.D.O., nascido também em Umuarama em 1978. A polícia espanhola não divulgou o nome completo dos detidos. BBC Brasil
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